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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Não entre: concentrações letais de monóxido de carbono

“Eu acredito que a cadência e a harmonia certas no momento certo podem despertar qualquer sentimento, inclusive o da felicidade nos momentos mais sombrios’’
Yõnlu




Vinícius Gagueiro, ou Yõnlu como era conhecida na internet, era um garoto brilhante. Aos doze anos já era leitor de Kakfa, falava inglês e francês fluentemente e era apaixonado por música. Ele suicidiou-se em 26 de Julho de 2006. Era de Porto Alegre!

O método: asfixia por monóxido de carbono. Com a ajuda de muitos "amigos virtuais" que trocavam dicas sobre métodos e suas respectivas eficácias, bem como apoio moral, no que chamavam de um site de relacionamento. “Como você está se virando? Espero que você consiga o que quer. Talvez você volte daqui a pouco tossindo”. "Enrole-se em um cobertor, fica mais fácil suportar o calor!", eram as sugestões dos membros desta "comunidade".

Yõnlu, que estava em internação domiciliar, segundo orientação de seu psicanalista. Criou um churrasco fictício para afastar seus pais de casa e garantir que sua tentativa de suicídio não fosse posta em perigo de se extinguir. Foi ao supermercado, comprou carvão, iniciou um tratamento de pele e comprou ingressos pra um show de rock que aconteceria dentro em pouco.

Com esta espécie de suporte técnico e emocional ele levou a termo sua intenção e faleceu! O que deixou foi uma dor incomensurável para seus pais e sua equipe médica, um cd homônimo e muitas questões para todos que o conheciam ou vieram a fazê-lo postumamente. Quando morreu, tinha apenas 16 anos de idade...

Mais: Matéria completa e entrevista com o psicanalista de Yõnlu, Mário Corso http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG81582-9556,00.html

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Sobre limites e subjetividade




What it feels like for a girl? O que acontece com uma adolescente? Todos pensariam: "Muitas coisas" sem dúvida nenhuma. Muitas coisas se passam na mente de um adolescente. Acontece que muitas vezes nós, adultos, subestimamos a importâncias destas vivências! A dita aborrecência, o stress, a revolta com tudo e com todos, a mudança repentina da boa moça que fuma e usa meia-calças rasgadas ou do rapaz que grita com o pai e coloca os valores familiares em questão é sempre uma informação traumática. Não apenas para o adolescente mas para a família, escola etc...


O que representa esta fase estranha, onde não se é adulto apesar das mudanças no corpo, hormônios e das responsabilidades, mas também não se é criança apesar dos cuidados parentais e dos castigos, das obrigações escolares? Para a grande maioria não é fácil. O desafio para os pais é homérico e muitas vezes disparam ações totalmente improváveis.


Tenho a sensação que foi exatamente esta a perspectiva que Sofia Copolla escolhe para o seu primeiro longa-metragem.


Adaptado do romance de Jeffrey Eugenides, "As virgens suicidas" (The virgin suicides) ronda o universo adolescente em uma família do subúrbio dos Estados Unidos,ambientado nos anos 70.


Quando Cecília - a mais jovem das cinco adolescentes da família Lisbon - inexplicavelmente comete suicídio, toda a família recai em uma esfera mórbida de repressão e negação. Devido ao enclausuramento e conservadorismo da mãe, as garotas se tornam objeto de fascinação de um grupo de garotos locais, cujo intento é libertá-las dos sofrimentos.


Kirsten Dunst representa a promíscua Lux, o sonho de consumo de Trip Fontaine (Josh Hartnett), o garoto mais popular do colégio e....E todo o resto é muito surpreendente e intenso!


Vejam! Taí uma nova forma de pensar algumas coisas!
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domingo, 7 de setembro de 2008

O suicídio na Idade Média: Um comentário II




Séculos XI e XIV : Consolidação da proibição do suicídio, a partir da seguinte perspectiva: o corpo é uma prisão mas isto não quer dizer que temos o direito de sair dela. Os poetas também dão sua contribuição, para desespero dos desesperados. Na Divina Comédia Dante coloca os suicidas no inferno. Eles perdem a forma humana e se transformam em árvores de uma floresta sombria com folhas sem cor, fustigadas pelo vento e congelados. É curioso notar neste caso que, na Idade Média, a natureza na Europa ainda era exuberante. Portanto, em função de animais como lobos e ursos, o verde constituía um problema para as populações. Mato, naquela época, era sinônimo de lugar fora do mundo. Pelo menos, fora do mundo dos homens. Daí essa idéia de degredo para quem, não podendo morar na cidade, é relegado à floresta.
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Século XIII : Principalmente na França, os cristãos não tinham direitos de serem sepultados, o cadáver era torturado e exposto,as mulheres queimadas, os homens arrastados rua afora. As famílias dos suicidas deveriam presenciar todos estes eventos.
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Século XIV: Verifica-se na França a intenção de abrandar as punições em caso de suicídio. Ainda assim, mesmo que seja por desgosto da vida, o ato ainda é entendido como evidência de loucura – embora o conceito de loucura seja bastante amplo nessa época. Até entre os teólogos e moralistas a pressão diminui. Resgata-se a idéia do suicídio de Cristo e não se recusa uma sepultura ao corpo do suicida. A literatura enaltece os suicídios por amor e honra. No final das com contas, apesar de o suicídio ser repudiado, a atitude medieval é mais branda do que manda a letra da Lei.



Fonte: MINOIS, Georges. História do Suicídio. Tradução Serafim Ferreira. Lisboa: Teorema, s/d.
**Texto livremente adaptado de: corpoesociedade.blogspot.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Digressão musical!

Era uma vez um cara que acordou. Ele lembrou de ir ver o blog da boneca de cera* e percebeu que ela tinha um novo widget: um playlist que entre outras coisas hypes tinha uma faixa da colocada** e polemisíssima Amy Winehouse!


Achei muito legal, criativo e simples de elaborar ( a despeito do site ser em inglês é bastante intuitivo). Mas como nada é perfeito neste mundo azul e cheio de água e poluição e drama e surpresas...O que fazer quando não se gosta de músicas depressivas e se tem um blog ligeiramente mórbido e reflexivo?


Não! Vocês amigos leitores sabem que adoro rock. Mas não me venha com RadioHead, Portshead, nem Evanescence que não dá! Coldplay então! Pára, um dia meu primo (um guri de 16 anos tri sensível e quase depressivo) me emprestou o álbum Parachute; tive que parar e tomar café duas vezes pra formar a seguinte opinião: Isso dá sono, meu!


Por isso, começei com Smiths e The cure, porque adoro o som dos anos 80. Logo atualizo o play list com Metric e algumas coisas novas, de rock francês. Mas como todo bom defensor da democracia (só porque é impossível se organizar anarquicamente sem que está organização continue sendo anárquica. Ora o que define melhor a anarquia que a falta de um poder centralizador de qualquer ordem?) estou aberto a sugestões!


Aí fica a dica: http://myflashfetish.com/ Abraços!

*http://refugiodossonhos85.blogspot.com/

** de acordo com Sérgio Ripardo, jornalista, colocada, variável em gênero e número é aquela pessoa que adora uma birita, um baseado, um pó e outras substâncias desta ordem