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domingo, 7 de setembro de 2008

O suicídio na Idade Média: Um comentário II




Séculos XI e XIV : Consolidação da proibição do suicídio, a partir da seguinte perspectiva: o corpo é uma prisão mas isto não quer dizer que temos o direito de sair dela. Os poetas também dão sua contribuição, para desespero dos desesperados. Na Divina Comédia Dante coloca os suicidas no inferno. Eles perdem a forma humana e se transformam em árvores de uma floresta sombria com folhas sem cor, fustigadas pelo vento e congelados. É curioso notar neste caso que, na Idade Média, a natureza na Europa ainda era exuberante. Portanto, em função de animais como lobos e ursos, o verde constituía um problema para as populações. Mato, naquela época, era sinônimo de lugar fora do mundo. Pelo menos, fora do mundo dos homens. Daí essa idéia de degredo para quem, não podendo morar na cidade, é relegado à floresta.
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Século XIII : Principalmente na França, os cristãos não tinham direitos de serem sepultados, o cadáver era torturado e exposto,as mulheres queimadas, os homens arrastados rua afora. As famílias dos suicidas deveriam presenciar todos estes eventos.
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Século XIV: Verifica-se na França a intenção de abrandar as punições em caso de suicídio. Ainda assim, mesmo que seja por desgosto da vida, o ato ainda é entendido como evidência de loucura – embora o conceito de loucura seja bastante amplo nessa época. Até entre os teólogos e moralistas a pressão diminui. Resgata-se a idéia do suicídio de Cristo e não se recusa uma sepultura ao corpo do suicida. A literatura enaltece os suicídios por amor e honra. No final das com contas, apesar de o suicídio ser repudiado, a atitude medieval é mais branda do que manda a letra da Lei.



Fonte: MINOIS, Georges. História do Suicídio. Tradução Serafim Ferreira. Lisboa: Teorema, s/d.
**Texto livremente adaptado de: corpoesociedade.blogspot.

15 comentários:

Marcita disse...

O corpo é uma prisão..e nós temos a chave... só nos resta fazer a escolha

Um grande beijo
Marcia

[Guilherme] disse...

Minois é um gênio.
Cabe, porém, fazer uma observação complementar: o próprio Minois, em "História do riso e do escárnio" diz que é o riso a válvula mais usada para evitar (ou tirar um sarro) do absurdo da vida e de aliviar nossa preocupação com a prisão, digamos.

Se não nos suicidamos, podemos rir da vida, como os polidos estóicos, os sarcásticos epicureus, os niilistas ativos pós-nietzschianos, etc.

Luan disse...

sou jornalista e nao posso falar sobre suicidio hj ainda.

vlw pela visita no 3 Sem Tirar

bração!

Serginho Tavares disse...

Meu querido, como eu disse no blog cada um no seu quadrado e sinceramente eu não quero fazer parte desse bando de veado que so quer causar não! Não ganho nada com isso. Você não estava lá como eu estava para perceber que no fim era isso que eles queriam.
Os gays trabalham também, estudam também mas um festival que promete falar sobre a diversidade começar tão ruim assim já nasceu fadado ao fracasso. Mas onde está a diversidade que eles tanto pregam?
Não fiquei pra ver o resto porque ninguém acompanha novela ruim esperando que vá melhorar um dia.
Boicotei e boicotarei qualquer coisa que seja preconceituosa amigo. Arte? Hahaaha faça me rir! Havia tudo ali menos arte! Se vamos considerar aqueles curtas como arte então a parada gay é uma expressão de arte e os filmes da Bel Ami, Sean Cody, Randy Blue, Pau Brasil e afins também são expressões de arte. Garanto que muitos deles até são viu?
Resumindo a mensagem deles era: "Vamos causar porque se tem veado tem oba oba e é apenas isso que importa!" Apena isso?
Meu desabafo foi sobre o festival nos rotular. E meu querido com isso eu tô fora!
Abração, volte sempre lá e obrigado por ter gostado do layout.

Anônimo disse...

o suicído, na verdade a morte em seu todo explendor é caso de muitas complicações em várias culturas.
Também gostei do teu blog!
Bjos!

Antonio de Castro disse...

engraçad0o esse post hj
hj mesmo, d manhã pensei no assunto olhando da janela do 12° andar da minha faculdade, onde se eh conhecido tantos casos d suicídio

mas nem sei explicar pq pensei nisso
xx

Unknown disse...

Tem coisa mais imbecil do que torturar cadáver?... Tinha que ser coisa de retardado mesmo...
Valeu, Wagner, grd abraço!

Zek disse...

Nossa , taí um assunto que ja pensei em escrever..... mas sob uma outra ótica.

Valew pela visita no meu blog.


Abs

Anônimo disse...

só posso te falar do suicidio pelo lado quimico. Nas suas investigações, por sinal excelentes, deve ter encontrado que determinado componente responsável pela sensação de prazer e plenitude, quando em desequilíbrio metabólico leva ao suicidio, daí não se considerar banido o indivíduo que comete suicídio, dos atos religiosos , como antigamente. Muito interessante a temática e esclarecedora. Abraços, Claudete.

Cadinho RoCo disse...

Hoje nem sei dizer direito como é encarado o suicídio, mas o fato é que há sim enorme carga de preconceito sobre o suicida.
Cadinho RoCo

Rasta Woman disse...

Li..aprendi...depois fiquei a pensar tantas coisas..sobre aqueles pensamentos que atacam a gente no início da adolescência..nos dias de tédio...
Depois pensei que os suicidas poderiam contratar uma agência matadores profissionais..tipo..com um slogan assim: " A gente mata você bem mortinho! com total sigilo, convidamos todos os amigos para o seu funeral, espalhamos a notícia de que vc morreu de amor e limpamos a barra da sua família"
Beijos no seu coração de chocolate

Thiago de Assumpção disse...

pelo texto...
adorei

Anônimo disse...

Olá...continunando percorrando o suicídio pelos s[eculos...gostei do texto obviamente não sabia que as coisas eram assim (a única coisa que sei é a interpretação de Dante) abraços e boa semana

Anônimo disse...

No fim das contas, cada época com sua opinião.
Passe lá no meu blog e deixe seu comentário!!!

SP disse...

A realidade tem sempre tantos outros nomes!!!

Um abraço... peludo!