O que é vida? Será um modo de viver? Será qualquer coisa passível de adaptação ao meio e evolução genética? Será atributo de uma coisa que, não sendo viva, transmite ou sugere a idéia, a aparência de vida? Será que a vida ainda é a vitae, termo latim que deu origem ao nosso termo em vernáculo?
Talvez não seja nada disso. Seja apenas um amor correspondido, ou platônico [não correspondido], uma causa social, um celular ou até coisas muito improváveis como ser chicoteado, pular de pára-quedas ou...enfim!
Penso que a vida é algo absolutamente abstrato, a despeito de pulsar nos corações e na razão humana durante 24 horas por dia, até naquele instante em que, por razões diversas, o coração resolve parar!
Eu penso que a vida é um instante que deve ser experenciado com intensidade! Se acreditasse na metempsicose dos pitagóricos (transmigração das almas, porquanto ela é imortal) eu diria que minha alma já pertenceu a um poeta latino, porque a expressão Carpe Diem me é muito cativa. Se pensarmos ou concordarmos com Freud, aceitando que a vida humana é miserável, podemos também aprender com Pascal que somos um caniço pensante, e com Camus que somos uma espécie miserável e, no entanto, livres, se quisermos! Sabemos quando a vida começa, em condições normais de temperatura e pressão, ela se inicia com um chorinho tocante. Já o fim da existência é algo que escapa do nosso controle e previsão! Pra quê então se desesperar? Pra quer este esforço homérico do positivismo a fim de tentar controlar o que não guarda uma cadeia de razões lógicas inscritas na sua essência? A natureza é mais poderosa que a vida humana! Ah, se os cientistas ao menos desconfiassem disso! Pagaríamos muito menos impostos e teríamos uma civilização mais saudável! Mas e por que viver? A vida é alegria ou sofrimento? O que se fazer com e da vida?