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domingo, 12 de julho de 2009

Sujeito e alteridade: a (não) percepção do outro!



A última vez que fui ao cinema eu assisti A noiva invisível, com Selton Mello e Luana Piovani. A história, verdade seja dita, nem é tão original assim: Um homem que emulava uma vida a dois perfeita se vê desnorteado quando seu suposto amor lhe dá um pé na bunda. Depois das etapas psicológicas que acomete todo sofredor por amor, eis que Pedro retira uma mulher da sua própria mente.
Deixando de lado toda a resenha do filme, acho que ele é absolutamente pernitente para pensarmos como a percepção do outro na sociedade contemporânea vem tornando-se cada vez mais rarefeita! Desde de quando acordamos nos relacionamos com os outros: o motorista do ônibus ou caixa do metrô, os colegas de trabalho, os funcionários da limpeza, os vizinhos e etc.
Mas muitas vezes ocorre o que vi no filme citado acima: Pedro vivia havia 6 anos ao lado de uma mulher que nem ao menos sabia o nome, muito menos esboçara um "bom dia", mesmo daqueles cumprimentos constrangidos que penetram os espaços fechados, tipo elevadores.
O outro passa a ser, na maioria das vezes, uma ameaça, uma espécie de negação do indivíduo. Isto é um problema realmente sério, porque enfraquece as instituições culturais, políticas e socio-econômicas. E há sempre um risco de retornamos ao estado de natureza de Hobbes, no qual o homem é o lobo do homem e todos estão em guerra contra todos...

9 comentários:

JuJu disse...

Ou seja, todo mundo olha só para seu próprio eu e os outros... afinal, que outros?
...
Passe lá no meu blog e deixe seu comentário!!!

Davisson disse...

Se ato de se relacionar fosse tão fácil como os livros de auto-ajuda dizem.
Voltei com o brogui.
http://atomicfair.tumblr.com

maria claudete disse...

Adoro lê você, rs, estou me repetindo, mas sou enfática mesmo.
A questão é que sempre parece que em dado momento penetramos num vazio imenso, o que seria bom se não deixássemos que fosse invadido pela escuridão. Não é fácil pensar a luz e ela consiste nisto tudo que você escreveu tão bem.
p.s. também estou postando no blogspot, vai lá quando puder.
Abraços e obrigada por sua visita.

. intemporal . disse...

. querido Wagner ,,,

foi um prazer ler este teu post

.

que revela os dias em que vivemos

no olhar unidireccional

apenas ou tão somente

.

. abraço.TE .
. um bom fim de semana .

Renata disse...

Eu acho que as pessoas deveriam deixar de lado aquela coisa do 'e se' e aprofundar-se mais nos relacionamentos pessoais. Tentar saber mais sobre as pessoas. Doar-se e receber a doação do outro.

Pena, ficamos tão impessoais...

luma disse...

quando eu começo a acreditar no cinema nacional.. ele me decepiciona, o filme eh a comedia mais sem graça de todas!!!


;

Aninha disse...

O Selton está espetacular nesse papel!! Muito legal...

BinhoSampa disse...

quando voltas?!?!?

Abs:-)

Psykhé disse...

Oie!!
Nossa, que bom voltar aqui depois de mais de um ano e ver que vc cntinua escrevendo!! Como sempre, adorei!
Beijos