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quinta-feira, 24 de junho de 2010

Entre os atos

“Querido,
Tenho certeza de estar ficando louca novamente. Sinto que não conseguiremos passar por novos tempos difíceis. E não quero revivê-los. Começo a escutar vozes e não consigo me concentrar. Portanto, estou fazendo o que me parece ser o melhor a se fazer.
Você me deu muitas possibilidades de ser feliz. Você esteve presente como nenhum outro. Não creio que duas pessoas possam ser felizes convivendo com esta doença terrível. Não posso mais lutar. Sei que estarei tirando um peso de suas costas, pois, sem mim, você poderá trabalhar. E você vai, eu sei. Você vê, não consigo sequer escrever. Nem ler. Enfim, o que quero dizer é que depositei em você toda minha felicidade. Você sempre foi paciente comigo e realmente bom. Eu queria dizer isto - todos sabem. Se alguém pudesse me salvar, este alguém seria você. Tudo se foi para mim mas o que ficará é a certeza da sua bondade. Não posso atrapalhar sua vida. Não mais.
Não acredito que duas pessoas poderiam ter sido tão felizes quanto nós fomos.
V."



Esta é a nota de suicídio de Virginia Wolf, uma célebre autora inglesa que deixou obras realistas maravilhosas como “Noite e dia” e “Flush”. Virginia tornou-se um pouco mais famosa no mundo depois do sucesso de “As horas”, romance de Michael Cunningham que foi belamente adaptado para o cinema. Neste filme (estrelado por Nicole Kidman, Meryl Streep e grande elenco), o autor entremeia características de uma personagem de Virginia, a saber “Mrs Dalloway” com a história de outras mulheres em épocas e realidades diferentes, sempre em um recorte muito subjetivo e existencialista. Virginia Wolf se matou em 28 de Março de 1941.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Até que a morte os separem?




Harrison Ford (que há anos fez Blade Runner) e Calista Flockhart casaram-se esta semana. Ele tem 67 anos, ela 45. Eles namoraram durante 8 anos. Alguém poderia achar tudo isso meio estranho...Esta diferença de idade, este senhor idoso! Eu, por minha vez, acho absolutamente saudável e legítimo! Lembrei que há um tempinho eu só conhecia, para relacionamentos, é necessário marcar, pesssoas com bastante mais idade que eu.

E nunca vi desvantagem nisto, muito pelo contrário, pessoas com diferença etária acabam por nos fazer ver coisas e observar comportamentos que um companheiro ou companheira da mesma faixa de idade não permitiria, posto que há uma grande sintonia e afinidade no que diz respeito a uma certa formação cultural, das informações (e sua respectiva velocidade) que são transmitidas, bem como o fato de pessoas de idades próximas compartilharem um mesmo Zeitgeist.


Mas como nesta vida nem tudo são flores, nem aqueles comerciais de margarina com mamãe-papai-filhinhos-limpinhos-e-bem-comportados, existem certas coisas que acabam por complicar a relação. Por exemplo os programas de fim de semana; geralmente dá briga porque alguém de 20 anos não vai sempre querer fazer algo que alguém de 40 costuma fazer pra se divertir. Outro fator é o ritmo sexual. Claro que isso varia muito de pessoa pra pessoa, mas é comum se deparar com gradações distintas de apetite sexual quando há significativa disparidade de idade. No entanto, todas os obstáculos que emergem num relacionamento deste tipo, da mesma maneira que em todos os outros (como dizia Sartre "O inferno são os outros") podem ser contornáveis, desde haja vontade e sentimento verdadeiro. Eu já me relacionei com pessoas com o dobro da minha idade. Gostei! E você, já tentou???


sexta-feira, 11 de junho de 2010

Acredita na foto!!!


Esta é para deixar qualquer advogado maluco... e o desenrolar é baseado nas leis americanas



No jantar de premiação anual de ciências forenses, em 1994, o Presidente Dr. Don Harper Mills impressionou o público com as complicações legais de uma morte bizarra.

Aqui está a história:

Em 23 de março de 1994, o médico legista examinou o corpo de Ronald Opus e concluiu que a causa da morte fora um tiro de espingarda na cabeça. O sr. Opus pulara do alto de um prédio de 10 andares, pretendendo se suicidar.

Ele deixou uma nota de suicídio confirmando sua intenção. Mas quando estava caindo, passando pelo nono andar, Opus foi atingido por um tiro de espingarda na cabeça, que o matou instantaneamente.

O que Opus não sabia era que uma rede de segurança havia sido instalada um pouco abaixo, na altura do oitavo andar, a fim de proteger alguns trabalhadores, portanto Ronald Opus não teria sido capaz de consumar seu suicídio como pretendia.

"Normalmente," continuou o Dr. Mills, "quando uma pessoa inicia um ato de suicídio e consegue se matar, sua morte é considerada suicídio, mesmo que o mecanismo final da morte não tenha sido o desejado."

Mas o fato de Opus ter sido morto em plena queda, no meio de um suicídio que não teria dado certo por causa da rede de segurança, transformou o caso em homicídio.

O quarto do nono andar, de onde partiu o tiro assassino, era ocupado por um casal de velhos. Eles estavam discutindo em altos gritos, e o marido ameaçava a esposa com uma espingarda. O homem estava tão furioso que, ao apertar o gatilho, o tiro errou completamente sua esposa, atravessando a janela e atingindo o corpo que caía. Quando alguém tenta matar a vítima A mas acidentalmente mata a vítima B, esse alguém é culpado pelo homicídio de B.

Quando acusado de assassinato, tanto o marido quanto a esposa foram enfáticos, ao afirmar que a espingarda deveria estar descarregada. O velho disse que ele tinha o hábito de costumeiramente ameaçar sua esposa com a espingarda descarregada durante suas discussões. Ele jamais tivera a intenção de matá-la. Portanto, o assassinato do sr. Opus parecia ter sido um acidente; quer dizer, ambos achavam que a arma estava descarregada, portanto a culpa seria de quem carregara a arma.

A investigação descobriu uma testemunha que vira o filho do casal carregar a espingarda um mês antes.

Foi descoberto que a senhora havia cortado a mesada do filho e ele, sabendo das brigas constantes de seus pais, carregara a espingarda na esperança que seu pai matasse sua mãe. O caso passa a ser portanto do assassinato do sr. Opus pelo filho do casal.

Agora vem a reviravolta surpreendente... As investigações descobriram que o filho do casal era, na verdade, Ronald Opus.

Ele encontrava-se frustrado por não ter até então conseguido matar sua mãe. Por isso, em 23 de março, ele se atirou do décimo andar do prédio onde morava, vindo a ser morto por um tiro de espingarda quando passava pela janela do nono andar.

Ronald Opus havia efetivamente assassinado a si mesmo, por isso a polícia encerrou o caso como suicídio.












fonte: http://forum.portaldovt.com.br/forum/index.php?showtopic=88260