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domingo, 31 de outubro de 2010

Sobre Rousseau, Guy Débord e Alfred Hitchcock





aaaaaaO post de hoje será apenas uma breve indicação de algo que refleti vendo "Janela Indiscreta" [Rear Window] de Alfred Hitchcock. Produzido em 1954, este longa-metragem, protagonizado pelo (lindhão do) James Stewart e pela sofisticadíssima Grace Kelly (época em que as atrizes não eram apenas rostos bonitos, mas possuíam talento) traz à tona uma possibilidade muito peculiar de observar o homem tanto no recorte público quanto no domínio privado. Jeff, um fotógrafo afastado do cargo, passa horas a fio como um flanneur; observa, de um ângulo deveras privilegiado, toda sorte de atividades e comportamento dos seus vizinhos. Até que em uma destas janelas algo de muito suspeito e insólito acontece (afinal estamos falando de ninguém menos que Hitchcock). Não quero fazer o party-pooper e contar o final do filme, porque sempre achei isso uma #putafaltadesacanagem, sobretudo quando se trata de um suspense, mais ainda quando estamos falando de um cineasta do caralho, como é o Hitchcock.

aaaaaaPois bem, "Janela indiscreta" me lembrou Rousseau devido à passagem do estado de natureza para o estado de cultura (ou de civilização), que pode ser irresponsavelmente resumido com a introdução da razão. Para o filósofo, viver em sociedade foi o começo do fim para o homem, porquanto o homem recém-civilizado não se contenta mais com os recursos que estavam ao alcance de sua mão no estado de natureza, a inteligência desestabiliza o equilíbrio que predominava neste homem primitivo e que doravante torna-se um indivíduo que se compara o tempo todo, que quer possuir o que o seu par não possui.

aaaaaaGuy Débord me ocorreu pelo seu conceito de "espetáculo" forjado na obra "La Societé du Spectacle". Grosso modo, a sociedade do espetáculo é o meio no qual estamos, circulamos e vivemos, alienados, evidentemente. Essa alienação subverte a ordem original e faz a aparência travestir-se de essência. Como um pensador marxista, Guy Débord não relega sua discussão para um plano metafísico, pelo contrário, articula mercado, capital, produção e modo de produção para ilustrar como a condição humana na contemporaneidade é violentada e mutilada basicamente por uma abstração chamada capital, ou mais popularmente falando, dinheiro!

Uma coisa eu garanto: Ver Hitchcock pode até não dar esse monte de nó na cabeça do espectador comum, mas que garante uma ótima experiência de ansiedade e imersão, isso está fora de discussão!


terça-feira, 19 de outubro de 2010

O Sistema é Bruto!




Eu ainda estou beem corridão com as leituras e as escritas. E esqueci a minha câmera na casa do Carlos, rs! No feriado consegui ver Tropa de Elite 2. Uma coisa eu digo: todo brasileiro deveria ver ou ler algo deste tipo antes de eleger o Serra ou a Dilma! #tomecontadobrasil

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dia das crianças!







"Questiono-me se a guerra não é provocada senão pelo único objectivo de permitir ao adulto voltar a ser criança, regredir com alívio à idade das fantasias e dos soldadinhos de chumbo"
M. Tournier

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

o joão-de-barro e a criação em Bergson