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sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Somente mais um recado...



Eu pensei em fazer uma pesquisa com algum depoimento ou história de alguma criança violentada pra fechar esta série de posts sobre a pedofilia. Depois de uma pequena reflexão percebi que não daria conta. Eu sou um cara meio sensível e acho que as crianças são seres mágicos, me ensinam muitas coisas. Tenho 5 sobrinhos e a família se reuni sempre que possível. Infelizmente nem todo mundo liga pra estas coisas, que na minha opinião tem uma importância ímpar!
Portanto encerro por aki mesmo! Quero dizer que apesar de desagradável ou talvez constrangedor este assunto deve sim ser discutido, trazido para todas as classes sociais, precisamos argumentar, pesquisar, debater e exercer nossa cidadania. A internet pode ser uma grande aliada neste sentido. Tah, eu concordo que a polícia para crimes na internet não é tão especializada assim mas também há sites e ongs onde podemos denunciar! Existe o conselho tutelar em todos os municípios do país. Honestamente eu não achei a coisa mais simpática do mundo pesquisar este assunto meio pesado e apesar de adorar o lado pessimista da vida eu preferiria falar sobre todos os filmes que vi nas minhas longas férias. No entanto aprendi muito: aprendi que o homem é um animal muito complexo e pode ser mais agressivo que qualquer fera irracional, aprendi que o amor ainda existe no coração de uma minoria persistente e aprendi que nem tudo é o que parece! Gostaria de agradecer cada comentário e visita! Me sinto muito lisonjeado com este apoio. Saber que existem pessoas que pensam criticamente é essencial pra quem deseja se dedicar à vida intelectiva. Obrigado!

"Do mesmo modo que no início da primavera todas as folhas têm a mesma cor e quase a mesma forma, nós também, na nossa tenra infância, somos todos semelhantes e, portanto, perfeitamente harmonizados"
Arthur Schopenhauer




quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Pensamentos (des) conexos















"A Igreja Católica, consciente de sua responsabilidade de educadora da juventude, participa como protagonista na luta contra a pedofilia, que tem envolvido muitos setores da sociedade.


O arcebispo de Los Angeles, cardeal Roger Mahony, pediu perdão pelo abuso sexual envolvendo a sua diocese e ratificou que serão pagas as indenizações às mais de 500 vítimas.

Este ressarcimento terá sérias conseqüências econômicas para a arquidiocese. O cardeal advertiu ainda que não há lugar no clero para quem usa de violência com as crianças e que tal ato é um crime e um pecado."

Beleza, 500 crianças, adolescentes, jovens ou adultos recebem lá uma grana da igreja, perdoam voluntariamente (ou não) aquele que diz na homilía "vinde à mim as criancinhas", o alto clero diz que esta exceção - só quinhentos casos vieram à tona, quase nada mesmo! - não vai se repetir. E nada muda, o celibato não é discutido, os seminaristas, que na sua grande maioria estão fugindo de suas crises sexuais, encontram um ambiente dos mais favoráveis possíveis para expressar suas neuroses. Eu posso dizer por experiência quase própria que na Santa Igreja o buraco é mais embaixo. Literalmente falando. Trabalhei com um ex seminarista. Ele disse que dentre todos os seus colegas de seminário ele era o único heterossexual. E mais: todos os outros namoravam lá dentro! Isto mostra que os valores invertidos também já adentrou os sacros portais.
Definitivamente não é o meu caso, mas quem é religioso pode tentar o diálogo no âmbito interno! Desde o período medieval já se passaram seis séculos, o homem pode não ter evoluído tanto assim mas a forma de lidar com o mundo e com os outros mudou! Não parece estranho ouvir um Papa hoje em dia dizendo "Não usem camisinha", "Abstinência é a solução", "Vamos casar mais". Ele consegue ser quase hilário "As missas devem voltar a ser celebradas em latim". Na boa, acho que a conivência da Igreja Católica Apostólica Romana em relação ao comportamento pedófilo é nojenta, acho que alguém devia ensiná-la o que é luta de verdade!

fontes: http://clix.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/68086
http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=237322

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

E o mundo todo é hostil



John David Roy Atchison foi preso. Ele é acusado de crimes sexuais na internet. John é um promotor federal e foi acusado por viajar para Detroit com a intenção de molestar uma guria de 5 anos de idade. Ele foi declarado morto pelo departamento da prisão federal Milan. Estava sob investigação e cometeu suicídio. De acordo com seu advogado, John era uma ótima pessoa e sempre trabalhou pensando em sua família. Informou ainda que dias antes o acusado tentara se enforcar com um lençol de cama.
Casado e pai de três de filhos, era uma figura respeitada e patrocinava um time de basquete de garotas a poucas quadras do Golfo Brisa. Seu escritório era em Pensacola.
De acordo com as autoridades, John vinha se comunicando com um detetive afastado do Condado de Macomb que se apresenta na internet como a mãe fictícia da criança e facilitava o contato entre ambos.
O acusado foi preso em Setembro de 2007, no Aeroporto de Detroit, carregando presentes, incluindo bonecas e brincos, bem como materiais sexuais. Aparentemente o promotor nunca esteve envolvido com processos por abuso sexual.

Este texto (livremente adaptado e traduzido de
http://www.woodtv.com/global/story.asp?s=7175880) me chamou muito atenção. Principalmente porque dialoga muito intrinsecamente com as idéias existencialistas, que tanto me fascinam, mas também pelo que a opinião pública pronunciou a respeito.
É redundante dizer que a vida humana hoje vale menos que o dólar. A gente se vende por muito pouco, a gente se auto-anula por coisas banais e efêmeras. Pra quê ser único se posso ser igual a todo mundo? Não importa se eu posso morrer numa mesa de cirurgia, o importante é que minha barriga fique sequinha! Aí temos uma equação: vida elevado a um é igual a zero!
Mas a mensagem que pretendo deixar hoje é esta: Se tornar pedófilo não é como virar punk, emo ou skatista! Estas pessoas geralmente passaram por traumas e precisam de auxílio profissional. Ninguém se mata porque quer saber o que há do lado de lá! O suicídio é a fuga de si mesmo e do mundo! O mundo pode ser hostil, conturbado e antitético demais! Quem é o mundo? Eu e você!

Ligações perigosas: fórum sobre o caso :
http://atdetroit.net/forum/messages/91697/115583.html?1191853682

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Era uma vez uma menina. Uma menina má!



O que é este telencéfalo não ? A gente pensa em tudo e o tempo todo! Eu nem ia falar de filme de novo agora, porque eu tinha mais mil idéias de posts pertinentes ao nosso assunto ! Mas eu fui ao cinema! Sim! Foi um acontecimento tipo, inesperado porque eu estava meio sem fazer nada e queria muito ver “Juno” ! Eu diria mais : inesperado e não-óbvio; nunca fora ao cinema Segunda-feira, eu costumava estar na faculdade, no trabalho, whatever! Alguém já assistiu ao filme “Hard Candy” ? Aki no Brasil ele se transformou em “Menina má.com” ! Este é um longa-metragem muito diferente. A direção é de David Slade e o ínfimo elenco é composto por Patrick Wilson (pecados íntimos), Ellen Page (x-men, Juno), Sandra Oh, Jennifer Holmes e Gilbert John!

Ele foi feito em pouquíssimos dias (18 se não me engano) e tem um orçamento baixo, mostrando que é possível ser independente, bom de verdade e gastar pouco tudo ao mesmo tempo.

Detalhes técnicos à parte, há em “Menina má.com” a discussão sobre a pedofilia no meio social mais abastado. Hayley, 13 anos, encontra Jeff, 30 num café. Após uma pequena conversa envolvendo café [quase (óbvio)], literatura clássica, bandas de indie rock como Goldfrapp e Coldplay, Hayley consente em visitar o apartamento de Jeff!

Na boa, este é o tipo de filme que não se pode continuar contando. A não ser que você seja um daqueles “party-poopers” inconvenientes que deixam todos com um sorriso amarelo ao contar o final do filme... Portanto, eu só posso finalizar dizendo que “Menina má” é um filme que merece atenção, tanto a estética quanto o roteiro bem como as atuações são excelentes. Traz de uma maneira muito intensa a discussão da relação “agressor-vítima” que é exatamente o que eu tentarei abordar quase que exaustivamente enquanto tratarmos desse drama moderno que é a pedofilia!

p.s.: Um dia falarei mais sobre “Juno”!

ligações perigosas: http://www.goldfrapp.co.uk

http:// www.hardcandymovie.com



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Pedofilia: De quem é a culpa?


Wow, nem em férias eu consigo cumprir horários...Mas também é tanta coisa neh? Tenho que ir no cinema, tenho que dormir bastante, ver tv, conversar com os amigos no messenger e no Orkut! Tenho que comer bastante...Bah, isso tudo dá muito trabalho...

Brincadeiras à parte é hora de tratarmos de um assunto muito sério: A pedofilia! Foi proposta uma blogagem coletiva sobre a pedofilia. Achei muito interessante. Como era costume no meu ex blog vou abordar durante uns quatro ou cinco posts esta problemática. Visto que não é tão simples. A pedofilia, que atualmente é classificada pela comunidade médica como um distúrbio comportamental, traz implicações práticas e, mesmo não parecendo, filosóficas que precisam de muita discussão, esclarecimento e medidas preventivas bem como punitivas.

Ao meu ver o pedófilo é o paradigma do “monstro”. Li alguns poucos blogs e percebo que no imaginário coletivo o que impera é esta mentalidade. Espera aí! De onde saem estes monstros? Será que é do Lago Ness? Será que é da floresta da chapéuzinho vermelho? Será que ele paga aluguel pro Lobo Mau! Não. Ele está em nosso meio: ele é nosso médico, professor de educação física dos filhos, é o jornalista , é o padre! É o bispo! Ah e como ele são bondosos e carismáticos! Ele está aki, está na Europa, está na África, se pá tem até esquimós pedófilos! Imagina que eles são capazes de um ato tão deplorável! Não, estas crianças de hoje em dia! Quanta imaginação! É forçoso inferir que tais indivíduos são resultantes de padrões e de um meio social que nós mantemos em funcionamento? Por outro lado, eu poderia ser um se fosse assim...E não sou! Definitivamente não!

Espinosa disse “Conhecer é conhecer pela causa”. Se isto ainda fizer algum sentido pro nosso universo pós-moderno, existe muito o que se investigar antes que nossas inclinações morais disparem “Mete este safado perverso na cadeira elétrica”.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Sweeney Todd e a moral no século XVIII

Ah! Viajar! Como é bom viajar! Levar um corpo de um ponto inicial a outro final em velocidade escalar e constante é muito formidável!
Estive na praia neste feriado! Foi uma viagem maravilhosa através da qual pude conhecer Ubatuba, Trindade e Paraty, estas duas últimas já no Rio de Janeiro. De acordo com a definição de um amigo eu me encontro no grupo “urbanóide”. De fato acho que a esfera natural, verde, calmaria, trilhas, sol, insetos, enfim é legal... Pra uma semana! Depois já dá pra encarar o asfalto quente da Selva de Pedra por pelo menos mais um semestre sem qualquer saudosismo!
De volta eu fui ao cinema: “Assisti Sweeny Todd – O demoníaco barbeiro da rua Fleet”, o novo longa-metragem de Tim Burton, aquele cara estranhão cujo alter ego é o talentoso Johnny Deep. Famoso por produções não-óbvias e uma especial simpatia pelo lado dark da existência (vide O estranho mundo de Jack), Burton continua inovando nesta obra que a gente pode definir como um suspense musical. Benjamim Barker retorna da prisão após 15 anos, vítima de uma cilada de um juiz interessado em sua bela esposa. Benjamim volta com uma nova identidade: Sweeney Todd e com energia de sobra para vingar seu desastroso passado.
O que vale muito a pena conferir neste filme é a posição que o homem ocupa no mundo: Tal como Jean Jacques Rousseau observara no século 18, Burton mostra o homem produto do meio e seguindo à risca a máxima “O homem nasce bom e a sociedade o corrompe”. Todos os valores morais são meramente aparente, superficiais e adaptáveis. O que regula as relações sociais é corresponder às expectativas de determinado círculo. Se vestir como todos se vestem, pensar o que todos pensam, ler o que todos lêem e sobretudo suprimir a sua capacidade própria de bem julgar, não há espaço nem liberdade para tanto.
Em Rousseau há uma luz no fim do túnel para nós, humanos: Ouvir a voz que toca no coração; a única que irá realmente nos levar ao bom julgamento, moralmente falando. Em Tim Burton, no entanto, nosso fim é mais sombrio, não há como parar e consertar tudo. Nossa perversão está para além de qualquer reparo. A não ser que um barbeiro muito enfurecido venha a cortar a garganta de nós todos!


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Todo Carnaval tem seu fim?



Estava aki desfazendo as malas da viagem e pensando em uma frase que ouvi ontem a noite: “Quem disse que o carnaval acaba na Quarta-feira de cinzas? Carnaval no Brasil é o ano inteiro”. Tal afirmação foi proferida por Carlinhos Brown, lá em cimão, em Salvador. Sim! Isto é bem verdade. Neste paraíso tropical a coisa funciona bem assim mesmo! Não precisa nem ir muito longe pra perceber isso, alías não é necessário nem abrir a porta. É soh depois do jantar ligar a tv e sintonizar na Tv Plim Plim pra ver como o negócio tá complicado. Aí chega uma hora que vc realmente não sabe se finge que não é com você, ou pensa se não veio de outro planeta onde há vida inteligente, pensa em se jogar na farra! De “fanfarrões” nós temos o maior número. Os envolvidos na CPI dos cartões corporativos que o digam! Imagina que legal: Você paga com seu rico dinheirinho o Ipva, o Icms, o Iptu, o Ifo e tudo o mais pra os caras de Brasília comprarem Nikes (Isso irrita, uma empresa que explora a mão-de-obra-infantil não merece dinheiro nem privado quanto mais público!) comprarem esteiras ergométricas, despesas de férias e, pelo amor, até pra birita na Vila Madalena. Vamo lá: “Eu passo a mão no saca rolha, e bebo até, me afogar, deixa as águas rolar.” Do jeito que as coisas andam o Brasil vai virar o país do Carnaval, Carnaval e claro....Carnaval! Feliz 2008 para todos. O ano começou?

Semana que vem conto como foi a minha viagem de Carnaval!