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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Sweeney Todd e a moral no século XVIII

Ah! Viajar! Como é bom viajar! Levar um corpo de um ponto inicial a outro final em velocidade escalar e constante é muito formidável!
Estive na praia neste feriado! Foi uma viagem maravilhosa através da qual pude conhecer Ubatuba, Trindade e Paraty, estas duas últimas já no Rio de Janeiro. De acordo com a definição de um amigo eu me encontro no grupo “urbanóide”. De fato acho que a esfera natural, verde, calmaria, trilhas, sol, insetos, enfim é legal... Pra uma semana! Depois já dá pra encarar o asfalto quente da Selva de Pedra por pelo menos mais um semestre sem qualquer saudosismo!
De volta eu fui ao cinema: “Assisti Sweeny Todd – O demoníaco barbeiro da rua Fleet”, o novo longa-metragem de Tim Burton, aquele cara estranhão cujo alter ego é o talentoso Johnny Deep. Famoso por produções não-óbvias e uma especial simpatia pelo lado dark da existência (vide O estranho mundo de Jack), Burton continua inovando nesta obra que a gente pode definir como um suspense musical. Benjamim Barker retorna da prisão após 15 anos, vítima de uma cilada de um juiz interessado em sua bela esposa. Benjamim volta com uma nova identidade: Sweeney Todd e com energia de sobra para vingar seu desastroso passado.
O que vale muito a pena conferir neste filme é a posição que o homem ocupa no mundo: Tal como Jean Jacques Rousseau observara no século 18, Burton mostra o homem produto do meio e seguindo à risca a máxima “O homem nasce bom e a sociedade o corrompe”. Todos os valores morais são meramente aparente, superficiais e adaptáveis. O que regula as relações sociais é corresponder às expectativas de determinado círculo. Se vestir como todos se vestem, pensar o que todos pensam, ler o que todos lêem e sobretudo suprimir a sua capacidade própria de bem julgar, não há espaço nem liberdade para tanto.
Em Rousseau há uma luz no fim do túnel para nós, humanos: Ouvir a voz que toca no coração; a única que irá realmente nos levar ao bom julgamento, moralmente falando. Em Tim Burton, no entanto, nosso fim é mais sombrio, não há como parar e consertar tudo. Nossa perversão está para além de qualquer reparo. A não ser que um barbeiro muito enfurecido venha a cortar a garganta de nós todos!


22 comentários:

Adri disse...

O filme parece ser muito bom...Uma otima semana pra vc ;)

Pétala disse...

Oi, é muito bom qdo podemos reabastecer nossas energias, né?Moro no litoral e isso dá uma oportunidade a mais de poder entrar em contato com a natureza com mais frequência, é a mistura do urbanismo com a liberdade de poder voar.
“O homem nasce bom e a sociedade o corrompe”.Eu acho q ele se deixa corromper não levando em consideração os valores recebidos. Não assisti o filme mas, na primeira oportunidade ou ver.
mil beijokinhas e obrigada...Izi

O Digitador! disse...

O visual do blog é mto dark e a letra vermelha embarakha a vista! Mas gostei da sua abordagem e vou vim aki as vezes... abraços.. e vc realmente eh estranho... falowss

Andréa Motta - Conversa de Português disse...

Boa tarde, Wagner! Vim agradecer seu comentário elogioso no meu blog e conhecer seu espaço também. Gostei de tudo: artigos, aparência, tudo muito bom! Ficarei esperando outras visitas suas! Um abraço!

Bettie Page disse...

oi! Voltei das minhas férias!
To louca pra ver esse filme, mas como moro do fim do mundo vou ter que esperar até sair em dvd!
ô! muda os comentario ali, senão só posso postar com a conta do google! hehehehe...Beijos!
(Psykhé)

Unknown disse...

ei meu bem!!! vc está com tudo nas minhas idas à locadora, anoto e vou buscar... hummm agora sei quem é Rousseau, é realmente como penso, a escola não fez muito por mim, mas digo com todo louvor: minha mente é surtada, Graças a Deus!!rs um bjim com carinho e o abraço de sempre da KK

Unknown disse...

OLAS..TÔH PASSANDU E DEIXANDU 1 KADIN DU MEU CARINHU E DU MEU RESPEITO..BJUS..BJUS..BJUSSS..

Dr. Fácil disse...

Muito reflexivo esse post. Super legal isso. Agora tenho que ver esse filme; Vou no barbeiro depois... hehehe Abraço!

Anônimo disse...

Passando para dar as boas vindas ao seu novo blog, saiu de uma cara entranho para um suicida...que coisa... que seu estudo sobre existencialismo consiga me fazer entender esta mudança. Rs. Tá bacana por aqui, um abraço e boa semana.
(www.lapsodememoria.zip.net)

Valfredo Mateus disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Valfredo Mateus disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Valfredo Mateus disse...

Não sei plenamente bem como funciona a engenhosa máquina social. Afinal, estou no auge de meus 21 anos tanto que o post, fuderoso por sinal, conseguiu me deixar duvidoso quanto as idéias que possuía no que concerne às questões que abrangem a convivência humana Entretanto, continuo acreditando ser a culpa de ambos os pólos: a parte indiviadualista e coletiva.
Vamos lá, então!
Cara, o homem, quando criança, recebe uma educação baseada em princípios éticos. Todos temos liberdade para escolher entre o bem e o mal. Com o passar dos tempos, o indivíduo percebe que a vida não é como nos contos-de-fada ou nas lições diretas que nos são passada. Daí, eu, por vezes, achar que essa Moral do mundo ser mais uma tentativa de lavagem cerebral para manter todos quietinhos e aceitar tudo sem nada contestar, muito embora 70%, senão mais, gentes de todo o mundo se corrompam, efeito contrário posto que ninguém é 100% burro ou bonzinho 100%. Logo, é, seguindo padrões escusos de uma minoria "esperta", que o homem tem lá sua parcela de culpa na manutenção dessa estrutura na qual se desdobraram as condutas humanas. Então, é certo roubar, mesmo que implicitamente? Trapacear para ganhar batalhas?! Certamente, não, conforme lição que a posteridade herdou. Mas a realidade é outra: basta observar a reação popular ao filme "tropa de elite": a maioria riu nas cenas mais chocantes; o que se pode concluir que a coisa chegou a um patamar de demasiada naturalidade a ponto de provocar reações de indiferença quanto ao que nos cerca,. Portanto, Rousseau deu lá sua contribuição para o mundo, muito romântica por sinal. Aliás, um Che, um Luther King, um Betinho, Um Bob Marley, dentre outros também o fizeram. Mas, resultado: simplesmente o nome cravado nos anais da história. Infelizmente, Tim Burton foi mais realista... Diga-se de passagem o mundo carece de verdade! E a falta desta seja a origem do mal e da bondade que nos falta.
Abraço!

Anônimo disse...

Viajar é bom! Eu poderia fazer isso o resto da minha vida sem cançar! Sweeney! Eu tive que ir ver esse filme na estréia, não agüentava mais esperar! Johnny Depp e Helena Bonhan Carter são muito perfeitos juntos, eu amo músicais, e Tim Burton não tem preço. Eu pessoalmente adorei o filme, apesar da minha amiga ficar do meu lado reclamando da quantidade de sangue e de gargantas cortadas. Eu ahcei o fim sensacional, porque nem o garotinho fica imune à tudo aquilo. Adorei seu blog, de verdade! Beijo.

Liz / Falando de tudo! disse...

To doidinha pra ver este filme, adoro Jhonny Deep, e tudo que ele faz me parece interessante, pois ele se especializou em filmes bizarros e diferente, gosta tanto que até a esposa dele é assim meio "esquisitinha".
Venha visitar meu cantinho!

O Digitador! disse...

Apagou meu comentario? rsss... pq eu disse q vc eh estranho? eh q cheguei nesse blog pelo antigo... vc me lembra um amigo chamado Rafael tbm... q faz história! Vc faz história?

Anônimo disse...

Eba! Agora nao precisomais comentar com o google! hehehehe.... ficou mto legal esse blog novo! Beijo!

Anônimo disse...

Porque o século XXI é muito pior que o século XVIII.

Anônimo disse...

Até que enfim consigo comentar aqui! Eba!!! E você pensando que eu tinha sumido...
Eu já ouvi muito falar desse filme, o tal do cara que corta gargantas ao invés de barbas.
Passe lá no meu blog e deixe seu comentário!!!

Cristiano Nadai disse...

Nada como viajar, mas tbm não tenho essa paixão pela vida no campo, talvez porq gde parte da minha vida tenha se passado numa cidade do interior, não acho q a calmaria verde me traga paz. O filme parece ser relamente mto interessante, vlw pela dica, vou procura-lo!
ah, o meu blog tem uma fase pré-historica, a epoca em que eu era ainda mais anti-social do que sou agora rs, resultado, os primeiros post acho q ngm leu rs
mto obrigado pela visita e volte sempre!
Abraços!

maria claudete disse...

passando para ver se consigo postar um comentário no seu Blog, muito bonito por sinal. Abraços, Claudete

Pedro Freire Filho disse...

O filme deve ser muito bom , pelo seu comentário. òtimo final de semana.

Monalisa disse...

Obrigado pela visita no meu blog. Ainda não tinha lido uma resenha de um filme com esta visão que você mostrou. Ficou muito interessante. Mas a descrição do filme não me atraiu muito. Abraços!